Nos últimos anos tem-se verificando um aumento da complexidade e alteração dos padrões de mobilidade, nomeadamente devido à cada vez maior utilização do automóvel nas deslocações quotidianas.
A utilização massiva do transporte individual resulta do aumento progressivo da taxa de motorização da população e tem-se traduzido numa redução progressiva da oferta de transporte público. Com os decréscimos de procura, o transporte público tem vindo a reduzir progressivamente os níveis de oferta conduzindo a situações de exclusão social em áreas rurais.
Por outro lado, o uso intensivo do transporte individual traduz-se em impactos significativos a nível ambiental, social e de ocupação do espaço público, contribuindo ainda para o aumento da sinistralidade.
As orientações europeias e nacionais para o setor sugerem que, num panorama de crise e de crescente aumento dos custos dos combustíveis, se aposte em estratégias de gestão da mobilidade que contribuam para uma divisão modal mais favorável ao transporte individual e aos modos suaves, pedonal e ciclável.